Aprendendo com “Uma Revolução Missionária Global” dos Missionários Evangélicos Brasileiros
- amsageneralmanager
- Sep 18
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Quando falamos de Providência do Oceano, referimo-nos a um conjunto de estratégias celestiais que enfrentam a pobreza e a fome globais enquanto guiam todas as pessoas a se unirem sob Deus. À luz dessa visão, o que podemos aprender com a recente onda no evangelicalismo brasileiro — saudada como “uma revolução missionária” nas comunidades cristãs?
Uma Revolução Missionária Global
De acordo com um relatório da Christian Broadcasting Network (CBN) de 11 de setembro de 2025:
“Hoje, 400.000 missionários estão em atividade ao redor do mundo. Os Estados Unidos são o país que mais envia missionários, com aproximadamente 127.000. O Brasil está em segundo lugar. Todos os anos, cerca de 38.000 brasileiros viajam pelo mundo pelo Evangelho.”
O artigo, “Brazilian Christians Are Blazing a Bi-vocational, Global Missionary Revolution” (“Cristãos brasileiros estão abrindo caminho para uma revolução missionária global biocupacional”), destaca como as igrejas evangélicas brasileiras estão redefinindo o trabalho missionário e a forma como os missionários se estabelecem em novas comunidades.
Além da pregação: Quando esses missionários vão para o exterior, eles não apenas proclamam o Evangelho. Também servem em hospitais, assumem funções humanitárias e entram em alguns dos contextos mais desafiadores do mundo.
Negócios como missão: Em regiões onde missionários tradicionais não são bem-vindos, alguns abrem pequenos negócios — como cafeterias na Ásia e no Oriente Médio — que geram empregos locais, constroem confiança com o tempo e criam vias naturais para compartilhar o Evangelho.
Impacto sustentável: Essa abordagem internacional e biocupacional torna as missões mais sustentáveis e eficazes. O número crescente de missionários brasileiros no exterior é uma forte evidência da viabilidade do modelo.
Um Método Aprovado pelo Tempo
Essa abordagem não é nova. A história oferece precedentes ricos:
Os jesuítas na América do Sul administravam hospitais, alfabetizavam comunidades indígenas e desenvolveram fazendas e indústrias — integrando fé com contribuição social tangível.
O Dr. William Smith Clark, em Hokkaido, Japão, fundou uma renomada escola agrícola, impulsionando significativamente o desenvolvimento agrícola do Japão enquanto influenciava ideais cristãos entre jovens líderes.
Esse método aprovado pelo tempo — conduzir pessoas a Deus por meio do serviço, do desenvolvimento de habilidades e do empreendedorismo — também foi defendido pelo Rev. Sun Myung Moon.
A Visão Integrada do Rev. Sun Myung Moon
O Rev. Sun Myung Moon liderou inúmeras iniciativas para aliviar a fome global e, por meio desse amor prático, conduzir as pessoas a Deus. Ele investiu em pesca, aquicultura e farinha de peixe, enfatizando:
“Como missionários, vocês precisam desenvolver seu senso de negócios. Fazendo isso, poderão salvar a vida de mais de 20 milhões de pessoas no mundo que morrem de fome todos os anos. Onde houver terra, vocês podem ensinar as pessoas a cultivar; onde houver água, podem ensinar a criar peixes, para que as pessoas não morram de fome.” — Chambumo Gyeong, Livro 10, 253-109 (1994/01/09)
Conhecido por promover uma cultura alimentar centrada no peixe nos Estados Unidos, o Rev. Moon também ajudou a estabelecer mais de 100 restaurantes. Ele explicou:
“Você pode pensar que um restaurante é algo pequeno, mas isso tem muitas implicações. É um negócio por onde muitos clientes entram e saem. Você pode alcançá-los, construir bons relacionamentos e demonstrar o verdadeiro espírito de serviço. Somos pessoas religiosas, e também precisamos trabalhar neste mundo. Por essa razão, o restaurante é um tipo excelente de negócio para estarmos envolvidos.” — God’s Will and the Ocean, Capítulo 9 (2 de julho de 1984)
Esses ensinamentos alinham-se de perto com o modelo biocupacional brasileiro: fé integrada com serviço prático, empreendedorismo e construção comunitária.

Conclusão
Missionários biocupacionais — aqueles que combinam trabalho secular com missão — não são novidade. A novidade é como os evangélicos brasileiros tornaram essa abordagem dominante, possibilitando profunda contribuição social, relacionamentos locais mais fortes e missão sustentável.
Missões com base financeira sólida, ou que adotam esses métodos sustentáveis, são consistentemente mais eficazes. Para que o Movimento de Unificação floresça, devemos abraçar esse paradigma integrado e centrado no serviço — no qual as mãos que pregam também trabalham, constroem e curam — para que a Providência do Oceano se torne visível na vida cotidiana das pessoas que servimos.
Se desejamos um crescimento fiel e impactante, precisamos nos tornar a comunidade que mais serve — e que melhor serve. Isso significa tornar a abordagem biocupacional não apenas uma estratégia opcional, mas uma norma dominante.
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